sexta-feira, 13 de maio de 2011

Doença por Lesão Mínima

A doença por lesão mínima (DLM) é uma das principais causas de síndrome nefrótica em crianças e adultos. Nas crianças é responsável por perto de 90% das síndromes nefróticas, enquanto que nos adultos responde por 10 a 15% das glomerulopatias que causam proteinúria intensa.
Assim como a membranosa e outras, essa glomerulopatia tem uma deterioração da barreira de filtração do glomérulo como sua causa, provocando grande perda de proteínas na urina. De forma diferente de outras glomerulopatias, não há depósito imune na membrana basal glomerular.
Geralmente não há causa precipitante, mas pode em poucos casos estar associada ao uso de anti-inflamatórios, alguns antibióticos, linfomas e leucemias, alergias e outras doenças.
A pessoa se apresenta com inchaço importante principalmente nas pernas e no rosto, além de haver perda intensa de proteína pela urina, o que pode fazer com que a urina fique espumosa.
Na criança o diagnóstico dispensa a biópsia renal, já que a DLM é responsável por quase todos os casos de síndrome nefrótica nessa faixa etária. Somente se faz a biópsia caso não haja sucesso no tratamento. No adulto sempre se deve fazer a biópsia após consulta com o nefrologista.
Curiosamente o resultado do histopatológico é normal, por isso o nome de lesão mínima. Apenas a microscopia eletrônica, que nem sempre é feita, pode identificar alterações.
O tratamento da DLM geralmente é feito com corticóide e a resposta costuma ser boa. Quando isso não ocorre, o diagnóstico deve ser revisto e outra alternativa deve ser considerada.

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