sábado, 2 de outubro de 2010

Fósforo alto em pacientes em Hemodiálise

Quando os rins passam a funcionar mal, perdemos a capacidade de eliminar fósforo, um elemento químico presente no nosso organismo. O aumento do PTH comentado em outro post também é causado por essa retenção de fósforo.
Níveis altos de fósforo favorecem a progressão da doença óssea e geram vários outros efeitos indesejados, como calcificação de vasos sanguíneos, inclusive as coronárias, calcificação da pele e outros órgãos, até mesmo pulmões e articulações, e por fim, aumentam o risco de doença cardiovasculares (AVC, infarto) e morte devido a elas.
Fica clara aí a importância de se manter o fósforo em níveis adequados. A recomendação mais recente embasada em evidências científicas é para que o fósforo fique em níveis normais (2,4 a 4,1 mg/dl). Isso é muito difícil para algumas pessoas com doença renal, portanto, talvez um limite máximo seja 5,5 mg/dl.
Há 3 formas que devem ser usadas em conjunto para se chegar nesse objetivo: o uso de quelantes (sais de cálcio, sevelamer) prescritos pelo médico e que evitam absorção do fósforo ingerido, a própria diálise (quanto mais melhor; sessões mais frequentes é melhor que sessões mais longas), e o mais importante, dieta com baixo teor de fósforo.
Alimentos com alto teor de fósforo e que devem ser evitados são as amêndoas, amendoim, castanhas, o leite e seus derivados, cacau, chocolate, feijão, aveia, farinha de soja, gema do ovo, bacalhau, sardinha. Sempre é importante conversar com um nutricionista a respeito dessa dieta, para que ela não atrapalhe outros objetivos paralelos.
Importante reiterar que a dieta tem um peso muito mais importante que o uso dos quelantes e a diálise.

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