quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Transplante Renal

O transplante renal é uma das terapias de substituição renal, assim como a hemodiálise e a diálise peritoneal. Frente a uma insuficiência renal crônica em estágio avançado, que não tem cura, opta-se por uma dessas terapias. A escolha de uma não implica na renuncia definitiva da outra, já que elas são intercambiáveis. No final da década passada e no início desta vários estudos verificaram uma vantagem estatística em termos de mortalidade para os pacientes que faziam transplante renal comparados com aqueles que faziam alguma modalidade de diálise. É importante frisar que esse é um dado bruto, e que fatores como mau estado de saúde, diabetes mellitus, idade avançada, insuficiência cardíaca, desnutrição e outros, contribuem muito para aumentar a mortalidade da população de renais crônicos. Em resumo, o transplante renal parece oferecer uma sobrevida maior do que a diálise, porém características clínicas individuais devem ser levadas em conta, já que sabemos que as conclusões obtidas nesses estudos derivam de situações onde pacientes com estado clínico melhor são escolhidos para fazer transplante.
O portador de doença renal que estiver lendo esse texto deve ficar tranquilo. Não deve pensar que é necessário fazer um transplante imediatamente. Precisa conversar com o seu médico e se informar sobre todos os detalhes a respeito, porque transplantar não significa curar. Significa trocar a diálise pelos remédios imunossupressores que têm sérios efeitos adversos. Por enquanto, nada nos diz que um cidadão que está bem adaptado à diálise (hemo ou peritoneal), no aspecto clínico, psicológico, profissional, familiar, deve trocá-la por um transplante, muito menos o contrário.
* Todas essas informações, e outras mais que virão neste blog, devem ser discutidas e adaptadas à sua condição individual em conversa com o seu nefrologista.

Um comentário:

  1. Olá blogueiro,
    É muito importante também incentivar a doação de órgãos e conscientizar as pessoas sobre a importância deste gesto de solidariedade.
    Para ser doador de órgãos não é preciso deixar nada por escrito. O passo principal é avisar a família sobre a vontade de doar. Os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte. Divulgue a ideia e salve vidas!
    Para mais informações: comunicacao@saude.gov.br
    Ministério da Saúde

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