quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Novos medicamentos disponíveis

Esse é um tema chato de se tratar, mas é pro benefício de todos que o trago. A maior parte dos pacientes que entra em diálise tem como causa de morte um evento cardiovascular, tal como um infarto. E de alguns anos para cá, temos cada vez mais certeza que além dos fatores de risco tradicionais para infartos e derrames (tabagismo, colesterol alto, pressão alta, obesidade), o distúrbio mineral-ósseo do renal crônico parece estar envolvido com esses acontecimentos como fator causal independente dos outros já conhecidos.
Esse distúrbio compreende as alterações metabólicas em que estão envolvidas a vitamina D, cálcio, fósforo, PTH (paratormônio), calcificação dos vasos sanguíneos, dentre outros. Atualmente, no Brasil, temos lidado com esse problema com os quelantes à base de cálcio, o sevelamer, calcitriol oral e injetável. Neste ano foram aprovados pela Anvisa para uso aqui no país o cinacalcete e o paricalcitol, drogas mais avançadas e que podem possivelmente trazer mais benefícios para os renais crônicos.
Como a Constituição assegura saúde universal e integral aos cidadãos, é direito reivindicar o que há de melhor disponível para o seu tratamento de saúde quando houver necessidade. Os planos de saúde também logo serão alvo de questionamento quanto ao fornecimento desses medicamentos.
Portanto, informe-se na sua clínica com seu nefrologista a respeito dessas drogas novas. Possivelmente no começo elas serão negadas pelas secretarias de saúde, mas com o tempo e argumentação correta elas passarão a ser prescritas e fornecidas e talvez isso seja benéfico para todos envolvidos: poder público, sociedade em geral, equipes de saúde e pacientes.

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